Getúlio Domeles Vargas, gaúcho de São Borja, bacharel pela Faculdade de Direito de Porto Alegre, foi deputado federal e líder da bancada gaúcha, entre 1923 e 1926.
Em 1929, candidatou-se à Presidência da República na chapa da Aliança Liberal, de oposição. Derrotado pelo paulista Júlio Prestes e apoiado pela Aliança Liberal, não aceitou o resultado das urnas e chefiou o movimento revolucionário de 1930.
Em 1932, eclodiu a Revolução Constitucionalista, em São Paulo.
O Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo, unidos, incorporaram um grande numero de voluntários, pegando em armas contra o governo provisório.
O movimento durou três meses e marcou o início do processo da volta à constitucionalização.
Governou o país entre 1930 e 1934, por meio de um governo provisório.
Getúlio Vargas foi eleito presidente da República em julho de 1934.
Foi um período de crises, revoltas e revoluções, que tinham como motivação problemas estruturais e sociais, essencialmente brasileiros.
O Partido Comunista Brasileiro (PCB), criado em 1922, orientou as ações para liderar o processo revolucionário brasileiro. Como verão ao longo desta história, os comunistas sempre se aproveitaram das crises para ocupar espaço, aliciar militantes, doutrinar as massas e divulgar a ideologia, tudo sob a justificativa da redemocratização, visando a conquista de poder.
Durante o período em que Getúlio Vargas governou constitucionalmente o país, surgiu, em fevereiro de 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), entidade infiltrada e dominada pelo Partido Comunista Brasileiro, para congregar operários, estudantes, militares e intelectuais.
Os comunistas deram prioridade à revolução operária e camponesa, ao mesmo tempo que exortavam a luta de classes e conclamavam os camponeses à tomada violenta das terras.
Pregavam a tomada de poder pela luta armada e a instauração de um governo operário e camponês.
Em agosto de 1934, a linha política passou a ser da insurreição armada, para derrubar o governo e tomar o poder.
No dia 10 de março de 1935, a ANL promoveu sua primeira reunião pública na cidade do Rio de Janeiro, quando mais de mil pessoas ouviram o seu programa e aplaudiram a indicação de Luís Carlos Prestes, que se encontrava na União Soviética, como presidente de honra.
O fechamento da ANL, em julho de 1935, e a prisão de alguns de seus membros precipitaram a eclosão da revolta comunista (Intentona Comunista) em novembro.
Fazendo frente à revolta integralista, em novembro de 1937, Getúlio Vargas determinou o fechamento do Congresso e outorgou uma nova Constituição, que lhe conferiu o controle dos poderes Legislativo e Judiciário e extinguiu os partidos políticos. Tal sistema de governo, denominado Estado Novo, vigorou de 1937 a 1945.
Reagindo às agressões dos submarinos alemães contra a navegação marítima costeira do Brasil, Vargas declarou guerra à Alemanha e à Itália, em 22 de agosto de 1942.
Com efetivo de 25,334 homens, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) participou, heroicamente, das operações de guerra na campanha da Itália, de julho de 1944 a maio de 1945. A FEB teve 451 mortos e 1,577 feridos, fazendo 20,573 prisioneiros.
Com os novos ventos da democracia, logo após o término da guerra, Getúlio Vargas foi deposto, em 29 de outubro de 1945, por um movimento político e militar.
Com a deposição de Vargas, José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, assumiu a Presidência da República, preparando as eleições e concedendo registro ao PCB.
Em dezembro de 1945 foram realizadas eleições para presidente da República e para a Assembleia Nacional Constituinte.
José Linhares permaneceu no cargo após a posse do presidente eleito, Eurico Gaspar Dutra, em 31 de janeiro de 1946.
Dutra, em 1947, rompeu relações diplomáticas com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e cassou o Partido Comunista Brasileiro que, novamente, voltou à clandestinidade.
Eurico Gaspar Dutra governou de 31 de janeiro de 1946 a 31 de janeiro de 1951, entregando seu governo para Getúlio Vargas, que voltou nos braços do povo, eleito democraticamente. Envolvido por crises, após campanhas violentas contra seu governo, suicidou-se no dia 24 de agosto de 1954. (Não se sabe ao certo como Getúlio Vargas morreu, uns dizem que ele foi assassinado, outros dizem que ele se suicidou)
Nos dezesseis meses seguintes, três presidentes, Café Filho, Carlos Luz e Nereu de Oliveira Ramos, cumpriram mandatos relâmpagos, até que, em 31 de janeiro de 1956, assumiu Juscelino Kubitschek de Oliveira, governando até o final de seu mandato, em 31 de janeiro de 1961. Seu vice era João Goulart.
O mineiro Juscelino Kubitschek governou o país sob o slogan "Cinquenta anos em cinco", desenvolvendo um plano de metas que estimulou o crescimento da indústria de base e promoveu a ampliação do sistema de transportes. Investiu também na educação e a economia diversificou-se e cresceu. Em 1957, começou a construção da nova capital, Brasília, planejada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Em 1960 transferiu o governo para o Planalto Central.
Durante o governo JK. o Brasil vivenciou confiança e otimismo. Juscelino conciliou os diferentes setores da sociedade. Os levantes militares, inexpressivos, foram contornados com habilidades pelo presidente. Em fevereiro de 1956, oficiais da Aeronáutica rebelaram-se em Jacareacanga, no Pará. Fato semelhante ocorreu em 3 de dezembro de 1959, em Goiás. Nos dois casos, as rebeliões foram rapidamente debeladas e os rebeldes anistiados.
No plano internacional, estreitou as relações com os EUA e criou a Operação Pan-americana. Acordos com o FMI e a dívida externa resultaram em arrocho salarial. O mandato de Juscelino chegou ao fim com manifestações de descontentamento popular, estimuladas, como sempre, pelos comunistas no seu trabalho de massas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário